segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ser Educador...Por quê?



         Muitas vezes me pego perguntando: “Por que com tantas profissões para escolher fui escolher ser educadora?” Confesso que nem sempre encontro a resposta.
Será por que o educador tem o privilégio de estar em contato constante com os maiores representantes da vida – as crianças/os jovens... Pode ser...
Mas ganhamos tão pouco e trabalhamos tanto... Por quê? Cadernos para corrigir, provas para elaborar e corrigir (com o detalhe de que temos que ser o mais justo possível, afinal ela aprova ou reprova... não somos médicos, mas é uma vida em nossas mãos), projetos a elaborar e executar; diários de papel; diários eletrônicos; reuniões; planejamentos... enfim um grande ritual... Será que viciamos e não conseguimos mudar?
Lidamos com pelo menos 20 famílias de criação diferenciada, com costumes /crenças/manias e vivencias próprias... e temos que nos contorcer entre elas, fazer o meio de campo... a diplomacia... Como ninguém agrada a todos pelo menos 5% ainda sai insatisfeito, mas fazer o que...  Será que esta surpresa, constante, esta adrenalina é que nos sustenta?
O sorriso sincero, o choro doído, o abraço na chegada, os bilhetinhos de carinho; as declarações de amor que surgem do nada no meio do trabalho; o reconhecimento e o respeito dos 95% das famílias... Será este fortalecimento da alma o responsável pela escolha?
Mas também temos os atrevimentos, as respostas grosseiras, as pirraças, os pequenos “dramas” para chamar atenção; a incompreensão dos pais que muitas vezes nos ameaçam nos perseguem a troco de nada, nos atropelam com sua arrogância... Mas aí tudo passa e vem a lembrança daquele sorriso cúmplice, daquele elogio que cai em nosso dia sem nos avisar... E toda mágoa se desfaz... Será esta capacidade de dar novo sentido a tudo que nos prende à profissão?    
Algumas vezes somos a aversão, mas na maioria somos o colo amigo, a firmeza necessária, a compreensão que faltava, o porto seguro, a confidente confiante, a conselheira... Seriam estas funções intrínsecas ao cargo a razão da escolha?
Mesmo conseguindo descrever as conjecturas da profissão, confesso que se pensar bem ajuntarei tudo e justificarei que apesar dos percalços, somos a mais importante das profissões, pois damos origem a todas as outras. Como gosto de ser útil e participativa acredito que encontrei a justificativa.

Parabéns a todos os colegas que comungam desta ideia.
Dia 15 de outubro nosso dia... Parabéns!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Olhe eu aqui de volta!!! Demorei mas voltei com uma reportagem muito legal que recebi de uma grande amiga.
Belo artigo e porque não dizer conselho! Me surpreendeu!
SER CHIQUE SEMPRE - GLÓRIA KALIL

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos
dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é ser discreto.

Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuaçõe inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.

É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!

Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!
e mais chic ainda é acreditar em Jesus como seu Salvador!


Investir em conhecimento pode nos trazer cultura... mas, sabedoria só vem da palavra de Deus, isto é da Bíblia!  Amor e Fé nos tornam humanos! Caminhar com Jesus nos tornam mais próximos Dele!!! 


GLÓRIA KALLIL

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Vale a pena refletir...

Gente, tristemente espetacular...

Quino, autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartoon o seu sentimento:
A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.

domingo, 5 de junho de 2011

Criatividade

Recebi um email de uma grande amiga e achei o máximo!
Vejam,
Dia Internacional das Pessoas Perturbadas.
Interessante....







Nao me importo se você lambe as janelas, ande num ônibus especial ou então, ocasionalmente voce se comporta como um louco...
Mas aguente, porque você é especial

A cada 60 segundos que você passa com raiva, contrariado ou louco, equivale a um minuto de felicidade que você perde.

A mensagem de hoje é:

a vida é curta,

quebre as regras,
perdoe rapidamente,
beije lentamente,
ame verdadeiramente,
ria sem controle

E nunca se arrependa de coisa alguma que te faz sorrir.
A vida pode não ser uma festa que sempre esperávamos, mas enquanto estamos aqui devemos dançar e curtir a VIDA agradecidos a DEUS pelo que temos, pelo que somos, pelo que conquistamos e por aquilo que ainda conquistaremos!!!!
ABRAÇOSSSSSSS!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Emoções que ficam...

Olá, demorei, mas voltei! Semana passada foi uma semana repleta de emoções... sentimentos que se misturaram... emoções que se atropelaram... Foi muito bom!!! No dia 25 de Maio às 05 horas da manhã nasceu a amada Bruna. Sabem, a família do lado paterno é muito pequena. Quatro irmãos, que hoje estão do outro lado se fortalecendo para retornar, que deixaram cinco filhos, dois aqui e três em Brasília. Nós dois daqui, agora estamos mais sintonizados, pois a vida nos levou a isso, graças a Deus. As três de Brasília são muito unidas, pois além de irmãs, são guerreiras. Nós tentamos da nossa maneira manter a energia positiva fluindo, então quando renasce em nosso meio, mais um espírito, ficamos extremamente felizes. Bruninha, no dia do seu nascimento, a dindinha Maureem me acordou com a mensagem, às 23 horas e 40 min., quem disse que eu dormi direito, queria saber se já tinha nascido como você era... Que ansiedade!!! Nossa, e foi emocionante quando vi sua primeira fotinho, chorei feito uma babona... rsrsrs  (só não posto por que é pessoal e seus pais é que devem postar) Ela virou descanso de tela do meu Lap... Que linda... Que boquinha dengosa... Que carinha de anjo... Obrigada Deus por este presente.
Ah, vocês acham que as emoções pararam por aí? Não pararam. Na quarta –feira, no dia do nascimento da Bruninha, já era niver da Michaella (prima do lado paterno, filha do meu primo aqui de BH), fomos todos para o parque no shopping Del Rey e depois comemos deliciosas pizzas no sanduíche do Gordinho (do meu primo). Foi muito bom estar ali e fazer parte daquele momento...impagável! Todos nós adoramos!. Obrigada!
Mas as emoções da semana não paravam por aí, Marcelo recebeu a notícia de que precisava comparecer a uma empresa onde já havia feito entrevista. Isto foi na quinta-feira à tarde. À noite veio a tão esperada recolocação profissional. Isso mesmo, meu amor recolocou-se profissionalmente. Ele e todos nós, mas principalmente ele, precisávamos disso. Ele parecia que tinha renascido... eu confesso que estava tão sofrida com tudo que não sabia se sorria ou se chorava. Peguei-me algumas vezes chorando, afinal por pior que fosse o desemprego dele, ficamos mais juntinho, ele se tornou mais companheiro do que já era... e agora alem dele voltar a trabalhar ainda será distante, sem hora para chegar em casa... Enfim, o normal medo de sair da zona de conforto. Não me achem egoísta... Sou um ser humano normal, passível de pequenos atos...
Sei que vamos superar tudo e que será uma experiência em prol da nossa evolução. Estes quase nove meses geraram sofrimento, angustia frustração... mas com certeza o tempo nos mostrará que não foi em vão, que crescemos... Já percebemos a amplitude da nossa cumplicidade, a quebra de algumas resistências em relação aos obstáculos impostos pela vida... enfim, obrigada Deus / Jesus / anjos guardiões e a todas a s pessoas que acreditaram que pediram por nós... Obrigada! Vocês fazem parte desta nossa nova conquista/etapa.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

Olá! Vou começar nosso tricô dando PARABÉNS a todas as mamães do mundo, a todas as mamães que tecem por puro amor a rede de proteção de seus filhos, que amam incondicionalmente, que sabem amar e educar sem traumas e sem medo, que amam dosando o respeito e o limite, enfim a todas as mães que realmente sabem ser mães.
Estamos com reforma em casa...que stress, às vezes me pergunto por que todos os profissionais que terminam com "eiro" são tão enrolados (marceneiro, pedreiro, engenheiro...) rsrsrsrs. Só o sofá que mandamos reformar já esta pronto há 20 dias e sem poder ser entregue, pois não tem onde colocar... A casa esta de pernas para o ar. ai... ai...
Meu maridão, como ainda não se recolocou no mercado, tem ajudado muito e criado coisas interessantes para melhorar o sistema operacional da casa.
A recuperação do nosso filho esta sendo excelente, inclusive já retornou às aulas e logo, logo poderá praticar atividades físicas.
Eu também me recuperei bem, agora já estou de consulta marcada com oftalmologista para ver se consigo dar uma melhorada no olhar, as pálpebras estão pesando e deixando a fisionomia cansada e envelhecida. Também estou de dieta, afinal estava bem acima do peso e se é para melhorar vamos melhorar por completo.
Tenho ficado muito preocupada com o maridão, pois a angustia do desemprego tem abalado sua saúde e hoje esta bem mais magro e com os cabelos ralos... Temos utilizado de todos os recursos possíveis e confiado em Deus. Este doloroso o processo, mas tenho certeza que quando acabar sairemos fortalecidos.
Desde que passei pela tentativa de roubo do nosso carro lá no bairro Santo Antônio que tenho ido pouco ao centro que frequentamos, pois confesso fiquei com medo. Não estamos mais seguros em nenhum lugar. Nesta semana eu e Tete estávamos voltando a pé para casa, depois da aula e quase chegando aqui em casa observei um homem com atitudes estranhas, apertamos o passo e quando viramos a esquina vimos policiais chegando à procura de alguém... nada menos que o nosso homem de atitudes suspeitas... Onde vamos parar? Até quando viveremos presos em nosso lar, nos trancafiando cada vez mais?
Gente desde que a ponte da 381 caiu que a vida em Santa Luzia virou um verdadeiro inferno. O pior é a destruição da cidade casarões históricos sofrendo abalos, ruas esburacando, transito caótico, barulheira, caminhões pesados... um povo pacato de vida tranquila que teve sua rotina totalmente usurpada... Quem pagará a conta? Por que o desvio das carretas e ônibus que seria feito por Ouro Preto foi alterado?
 Bem pessoal, até mais... Obrigada pelos desabafos!!
Ei Fafá, não se esqueça de avisar quando a Bruninha chegar...

quarta-feira, 16 de março de 2011

"MARCAS DE BATON NO BANHEIRO"

Recebi esta mensagem de uma amiga por e-mail e achei fantástica. Resolvi compartilhar com vocês.
Obrigada Mariangela.
Beijocas Carla
"MARCAS DE BATON NO BANHEIRO"


Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: meninas de 12 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom.
O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...

Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora.
No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...
No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.

Nunca mais apareceram marcas no espelho!

Moral da história: Há professores e há educadores...

Comunicar é sempre um desafio!
Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados.

Por quê?
•Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
•Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.

•Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
•Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.

"O saber a gente aprende com os mestres e os livros.

A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes".

segunda-feira, 14 de março de 2011

Demorei mas voltei

Olhe eu aqui de novo... Ano feliz, mas tumultuado. Há 4 meses venho monitorando um cisto no ovário e agora parece que terei que mandá-lo embora de mim, antes que as coisas se compliquem. Para que manter dentro da gente um corpo estranho? Fiquei "abalada" com a notícia, tive medo e ainda tenho afinal a herança genética paterna dá para deixar qualquer um de cabelo em pé e antenas ligadas.
Cuido-me muito, faço todos os controles anuais, mas, só de ouvir ... cisto... dá um medinho (medão).
Já realizei os exames e parece que esta tudo bem... Afinal, sou ser humano... curiooosa e lógico, com toda minha pedagogia medicinal..kkk, antes de chegar ao médico já li os resultados.
Amanhã tenho médico e acredito que decidiremos os caminhos a serem seguidos. Vou mantê-los informados, afinal se iniciei o desabafo tenho que ir até o fim sem matá-los de curiosidade...rsrsrs
Nesta semana estou mais tranquila e equilibrada, já consigo conversar sem derramar as lágrimas da angustia e do medo, (quando você nunca "adoeceu" quando o corpo grita automáticamente você desmonta...é natural). Os amigos como Kika, Luciana, Reyssila, Maria do Carmo (Dra. Duca), Eliza... Os amores Marcelo e Mara e os familiares (primos e tios) teem ajudado muito e junto comigo acreditado que é apenas mais uma fase que a evolução impõe. Agradeço a todos pelo carinho.
Mudando de assunto, na quinta-feira passada recebi uma visita maravilhosa, como agradeci a Deus por isso. Como não levei muito a sério  a possível vinda dele, me preparei pouco e coitado... tomou café e comeu barrinha de cereal... kkkkk Que vergonha! Valeu primo Wellington, ficamos felizes com este momento e desejamos que ele se repita com mais frequência. Foi maravilhoso tê-lo ao nosso lado e poder ouvir as gargalhadas gostosas da Michaella e da Tete... Noite linda!
No sábado dia 12, reuni em nosso lar pessoas queridas e verdadeiras e junto delas comemorei meus 43 anos de vida. De muita vida! Obrigado senhor Jesus pelas oportunidades que me oferece, obrigada pelas pessoas que coloca em meu caminho, obrigada pelo amor que recebo a cada dia... Obrigada!
A reunião de família e amigos queridos esteve excelente - Tia Mariza (parabéns pelo niver no próximo dia 19), Tio Silvano, Tio José, Tia Maria, Tio Guilherme e Tia Nina, Magali, Fabio e Fabinho (Que farra ele fez quando descobriu que aqui em casa tinha um boneco do Buzz (Octávio até o deixou levar emprestado), Liliana, Renatinha princesa e Paulinha (que esta muita tranquila e doce), Claudinha, Bela, Carol, Edu, Luiz Claudio, Barbara e Isadora  (Gente, ganhei beijo dela...que Delícia!),Cacado, Francis (Amei as trufas), e Fabinho, tia Joana pessoa querida  e companheira, William, Regiane e minha linda afilhada Maiara, Fabrícia, Luiz Antônio, Pepê e minha linda afilhadinha Duda (Parabéns pelo niver no próximo dia 18) e para completar com chave de ouro Minha maravilhosa e insubstituível mãezona (obrigada mãe por tudo). Os amigos Kika e Walquito, Cida, Carlos e Gabriel, Raquel (irmã de coração), Péricles, Cátia e filhos, Luciana, Paulo Henrique e Anninha (dengo), Eliza, Maria do Carmo, Felipe, Fred (Amores) (eles curtiram de montão a coleção de Hot Wells do Octávio) e Bibi (dengo) - Bibi, Anninha e Tete brincaram até dar um soninho bom... A noite, como já disse, foi maravilhosa!!!
Já é a segunda vez que contrato uma pessoa muito especial para fazer os salgados das nossas reuniões (Onde trabalho sempre há oportunidades de degustar os feitos dele). O Walmir... Gente, é demais, tudo delicioso e este ano de quebra, ganhei uma caixa de bombons feitos por ele especialmente para mim. Obrigada Lalá (amiga querida) e Walmir, amei o presente! Walmir que Deus continue a iluminar sua profissão você é luz.
Bom por hoje é só e depois retorno com as novidades.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Saudosas lembranças...


Olá para todos que me seguem e também para aqueles que fazem visitinhas especiais. A semana passada foi muito tumultuada e assim fiquei longe de vocês.
Há 9 meses, desencarnou uma pessoa maravilhosa, que trouxe para minha infância muita alegria e contribuiu magnificamente para minha evolução. Tia querida, Lêda Maria, não tinha filhos e fez de nós, seus sobrinhos (Carla, Lilian, Wellingtom, Maureen e Fabíola) seus filhos queridos. Nos mimou o quanto pode.
Já mais velha, conquistou sua carteira de habilitação, e eu rueira de nascença era sua companheira de feiras, shoppings, sorveterias... Até de “quase” assaltos na praça da estação... kkkkk. Hoje eu rio, mas na época deu para bambear as pernas.
No Natal, casa farta de presentes, comida, bebida e alegria. Era a casa que tinha vários Papais Noéis de chocolate Garoto, sobre o bifê, tudo para nós... Que delícia! Lembro que eu ficava ansiosa, pois sabia que lá teria Papai Noel de chocolate e bala Erlan de chocolate (a preferida da vovó Olga)...  Papai Noel naquela época era o meu pai querido. Era um momento mágico, pois tinha meu primo Wellingtom que era mais novo e ele encantava-se com a magia do Papai Noel... (as outras primas moravam e moram até hoje em Brasília, e nem sempre estavam por aqui)... Lembranças doces daquele lar fraterno, daquela família especial.
Doces lembranças que enchem de vida, a alma.
Tudo isso veio a tona no penúltimo sábado dia 19, quando tive que desmontar a casa para entregá-la ao comprador. Confesso que o peito apertou, e o coração chorou. Vi-me no desespero. Meu companheiro Marcelo, ao meu lado sofreu comigo. Naquele momento queria sair correndo e deixar tudo lá. Mas meu anjo da guarda, como sempre forte e protetor, guiou-me as emoções. Liguei para uma prima querida, daquelas que pode estar caindo o mundo que ela sai para te salvar – Liliana – Lembro ainda da frase do Marcelo: - Você tem certeza que vai ligar para ela? Pense bem, se você ligar ela vem. E eu respondi... - Eu sei e é por isso que eu vou ligar. Liguei e lógico ela veio de Santa Luzia me salvar, lá no bairro Pompéia aqui em BH.
Foram momentos de angustia, mas também mágicos. A Liliana além de muito acolhedora é bisbilhoteira e apaixonada por quinquilharia...kkkk. Ela descobriu cada coisa na casa da tia que por mim passaria batido. Secador de cabelo da década de 50, Vídeo cassete, som, rádio... tudo funcionado como novo. Quando ela descobriu o som da sala funcionando foi fantástico, dançamos Jane e Herond, bossa nova... tudo na rotação 48.
No barracão da casa deu até “medo”. Era muita quinquilharia.  Perguntei-me: - Por que juntamos tanta quinquilharia pela vida a fora? Vale refletir...
E os tios tinham o feliz hábito de só comprarem coisas de excelente qualidade. Tudo que achávamos funcionava perfeitamente... Máquinas de moer carne manual, máquina de moer carne elétrica, liquidificadores de décadas passadas... E o carrinho do Mickey... ai eu vi o tio brincando com ele na varanda. E a piorra? Trouxe para casa e a caçula achou um barato.
Enfim depois de 6 horas e meia de muito trabalho, conseguimos desmontar a maior parte.
No Domingo 17 fui acometida de uma grande dor, foi como se alguém tivesse me dado um murro na “boca” do estomago. Meu primo passou por dissabores que atingiu toda família e lá estava eu de novo esvaziando a casa sozinha e agora era tudo ou nada. Já estava vendido, tinha que entregar, e ele que finalizaria tudo, ficou impossibilitado.  Depois desse dia foram ainda muitas idas e vindas até lá. Cada vez descobria mais alguma coisa. E daí o maridão junto novamente, a mamãe e todos os anjos guardiões.
Distribuímos muitas coisas entre a família e doamos aos conhecidos e ao Núcleo Caminho para Jesus. O objetivo não era só esvaziar a casa e sim aproveitar de forma útil o que fosse possível. Este trabalho só finalizou no dia 26 quando meu primo, já desimpedido (Graças a Deus) ligou pedindo para fosse com ele dar o ok na casa e entregar as chaves ao comprador.
A semana foi pesada, dolorida... mas confesso trouxe ricas recordações que a vida jamais apaga que carregamos na alma até depois do suposto fim.
Obrigada tia Leda e Tio Tonho por existirem em nossa vida nesta vida.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PAI NOSSO DAS VOVÓS


Amigos, hoje fui à acumputura e minha filhota desejou ir comigo para ver

 "esta tal de acumputura" - (palavras dela já que o pai e o irmão

também fazem).

Chegando lá a amiga e acumputurista, carinhosamente levou

minha filhota para brincar no quarto da sua netinha "Bibi",

 enquanto eu fazia o tratamento. Ao terminar fui levada até lá

e deparei-me com o texto que descrevo abaixo.

Achei magnífico, completo, fantástico.... Vou compartilhá-lo

com vocês, espero que gostem. Beijocas mil.

Querida mamãe Mara, este texto mostra um lado poderoso

que só vocês vovós  podem ter. Obrigada por existir e fazer parte tão presente

da nossa vida.

Te amamos!



Pai Nosso das Vovós

Vovó nossa que estais em casa.

Bendito seja o teu colinho;

venham a nós os teus beijos, teu carinho

e tua bondade; que sempre te guarde              

papai do céu.

Os doces nossos de cada dia nos dai hoje

e amanhã também.

Perdoai as nossas bagunças, assim como

já perdoaste a de nossos pais.

E não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos de todos os puxões de orelha.

AMÉM

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A turminha

Neste ano fui agraciada com uma turma que vai exigir muita firmeza mesclada com carinho e atenção. Tenho alunos bem diversificados, desde os tímidos ao extremo aos falantes como papagaios, mas são todos muito fofos.
Iniciei um trabalho que visa à percepção do outro enquanto ser diferente do padrão que a sociedade exige. Para tanto venho utilizando-me do Livro - O livro das diferenças da Marcela Catunda ed. Caleidoscópio - Nossa primeira história foi da joaninha de bolinhas quadradas. As crianças amaram! Deixei o registro com desenho livre e surgiu cada joaninha mais fofa que a outra.
Na sexta feira vamos trabalhar a história da girafinha de pescoço curto e o registro será de forma diferente. Vou medir cada aluno com um barbante e convidá-los a enrolar o barbante como a casinha do caracol. Ao final eles perceberão que cada um  terá uma "casinha de caracol" diferente do outro... Teremos a história da onça florida, do tamanduá que adora formigas, etc. E assim vou continuar o trabalha até o final do livro e catalogar cada um. Acredito que ao final algo de diferente estará dentro de cada um e a turminha estará mais amadurecida.
Hoje foi muito interessante... Conversamos sobre o amor de Deus e as coisas criadas por Ele para cada um de nós: os rios, o oceano, a lua, a terra, o dia, a noite, o ar, as plantas... enfim tudo que temos. Solicitei a eles que utilizassem  quatro pauzinhos de picolé e fizessem um registro que representassem os presentes  de Deus para nós seres humanos. Foi incrível, cada criação de arrepiar... Profunda! Autentica! Viva!...
A criança é a essência de tudo.
Beijocas a todos

Sumiço

Olá meus amigos,
Venho pedir desculpas pelo sumiço, mas no Domingo dia 30 de Janeiro subi, como normalmente faço, em um banco da minha cozinha e ao descer consegui fazer a mágica de romper as fibras do músculo da panturrilha. A dor não desejo para ninguém. Até hoje estou meio que de molho, pois como não tive coragem de tirar licença para repousar (coisas que só professor faz), a regeneração do músculo é mais demorada.
Como tirar licença se o ano estava iniciando e meus alunos são muito pequeninos para conhecer uma professora que não é a deles e depois acostumar com a professora verdadeira... O transtorno seria enorme.
Como faço acumputura com uma pessoa incrível e vovó de uma ex-aluninha fantástica, na sexta-feira fui atendia por ela e fizemos "tortura chinesa", doeu, mas foi ótimo... Fiquei cheinha de roxos kkkkk. À noite minha grande companheira mamãe chegou de Saquarema e ficamos até tarde colocando a fofoca em dia. Com dor, não aguentei e fui deitar. No sábado quando acordei minha panturrilha até o tornozelo estava amarelada forte. Ficamos todos preocupados e voltei para a amiga e médica acumputurista. Muito zelosa e atenciosa ficou comigo por bastante tempo e solicitou alguns exames. Cai novamente no hospital da UNIMED e lá descobri o rompimento das fibras e que o amarelão era o edema interno que estava extravasando e a tendência era ficar esverdeado a com possibilidade de inchar o pé.  Que maravilha!!!!
Como disse minha mãe: - Acho que você está virando Hulk... kkkkk  Bem a semana passou e agora o calcanhar esta roxo e inchado. As dores estão diminuindo... Vou levando... Amanhã mais um encontro maravilhoso com a acumputura e muita paz! Beijocas a todos e mais uma vez desculpe pelo sumiço.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Volta as aulas


Ufa! As férias foram embora, o tempo mais uma vez voou por entre os dedos e chegou a hora de voltar. Na verdade já voltamos antes mesmo do dia, pois professor que ama o que faz está sempre inovando, procurando fazer o bom ficar ótimo / o ótimo, ficar excelente e assim vai... A surpresa veio já na primeira reunião, comecei o ano com 29 alunos...uau! Novos professores e  coordenadores e o coração aberto para acolhê-los. Na arrumação da sala o empenho é total, novos cartazes para enfeitar e alegrar a turma, todos coloridos/cheios de vida. No mural uma frase diferente da habitual "Seja bem vindo". Claro que ela não faltou, mas no alto coloquei outra tão verdadeira - "Nossa escola fica mais alegre com a sua chegada". Deixei o centro livre para no segundo dia colar os desenhos que eles (os alunos) realizarão, pois no primeiro vamos apenas nos conhecer, enturmar, brincar... aconchegar.
 Acabou a reunião e fui para casa, lá iniciei meu "namoro" com a turma, tentava em cada fotinho lembrar dos alunos do segundo período, e fazer a relação... cada um mais fofinho que o outro. Aqueles que ainda não tinham foto a curiosidade aumentava... Que turminha mais fofa! Preparei os crachás, conforme o modelo do blog, ficaram muito meigos. Muito carinho e atenção ao preparar a ficha com os dados pessoais de cada aluno (quem é autorizado a buscar, se tem algum cuidado especial, formas de contato...) Excelente oportunidade para já saber um pouquinho de cada um, afinal são trinta pequeninos que ficarão aos meus cuidados no período da tarde e gosto de estar bem próxima de cada um, de conhecer a família, as alegrias e os problemas... Acredito ser muito valioso este conhecer, pois, estrutura o processo ensino/aprendizagem. Tenho sido muito feliz nesta relação professor/escola/família. Claro que às vezes a parceria não acontece, mas na maioria o resultado tem sido excelente.
Cheguei à escola 12h: 50m fui para minha sala completar o mural com mais um mimo. Às 13h e 10 m. segui bastante ansiosa, em direção ao local onde estava marcado o encontro com as crianças e suas famílias, apesar do encontro ser às 13h e 30 min. quando cheguei as famílias e as crianças já estavam indóceis. Que delícia de acolhimento, todos muito receptivos, cada rostinho mais curioso e feliz – Ser criança é bom demais – Confesso que em meio a tanta receptividade sempre há alguém que não agradamos, que questiona tudo, mas graças a Deus foi minoria e pautada na crença de que desta vida só devemos absorver as energias positivas, relevei e passei uma tarde agradável e bem interessante. Uma das belezas que só a nossa profissão tem é poder receber tantos fluidos positivos emanados pela pureza das crianças – Obrigada Deus por esta dádiva –
Recebi com amor crianças espertinhas, espertas e espertas até demais... kkkkk   Caladinhas, acanhadinhas, falantes, participativas... Que diversidade! Que riqueza!
Bem agora já voltei e estou cheia de novas ideias para amanhã, contação de histórias para trabalhar as diferenças – Gosto de trabalhar com vários livros dentre eles tem um de histórias curtinhas e bem humoradas, da Marcela Catunda / O Livrinho das Diferenças – Técnicas para confecção das primeiras páginas dos cadernos, visita ao bosque, enfim muita coisa legal criada e elaborada por quem ama o que faz. Beijocas a todos e até a próxima. Carla

Em tempo, pois não podia deixar de relatar a visita dos amigos Emília e Thiago (ex-aluno), sempre presentes. Visitinha gostosa para matar a saudade e desejar um bom ano de trabalho. Obrigada também a todos os alunos e pais do ano passado que me procuraram para dar aquele beijinho carinhoso cheio de saudade, cumplicidade e a energia que impulsiona o fazer por amor

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PALAVRAS DO CORAÇÃO

De volta as crônicas do livro "Histórias para aquecer o coração". Ao ler a crônica que relatarei abaixo, não fiquei apenas no relacionamento homem / mulher, fui além, como os próprios autores do livro nos incentivam. O mais interessante foi que hoje uma prima querida, fisicamente distante, mas espiritualmente presente/próxima, escreveu-me algo mo Skype que foi de encontro a esta crônica, nisso mais que depressa decidi postá-la. Então vamos lá, espero que gostem.

PALAVRAS DO CORAÇÃO

As lágrimas mais amargas derramadas sobre os túmulos são por palavras não ditas e atos não     realizados.
                       Harriet Beecher Stowe

         A maioria das pessoas precisa ouvir alguém dizer "Eu te amo". E há vezes em que ouve bem a tempo.
         Conheci Connie no dia em que foi admitida na ala do sanatório onde eu trabalhava como voluntária. Seu marido, Bill,  ficou por perto, nervoso, enquanto ela era transferida da maca para o leito de hospital. Ainda que Connie estivesse no estágio final de sua luta contra o câncer, estava alerta e animada. Nós a acomodamos. Terminei de marcar seu nome em todos os suprimentos de hospital que ela usaria e perguntei se precisava de alguma coisa.
       _ Oh, sim - disse -, será que você poderia me mostrar como usar a televisão? Gosto tanto de novelas, que não quero perder o que está acontecendo.
        Connie era romântica. Adorava novelas de TV, histórias românticas e filmes com uma boa história de amor. Conforme fomos nos conhecendo, ela me confidenciou como era frustrante ser casada há 32 anos com um homem que frequentemente a chamava de "boba".
       _ Ah, eu sei que o Bill me ama - disse-, mas ele nunca foi de dizer que me ama, ou de mandar cartões.
         Suspirou e olhou através da janela para as árvores do jardim.
        _ Faria qualquer coisa para ele falar "Eu te amo", mas simplesmente não é do seu feitio.
          Bill visitava Connie todos os dias. No começo, sentava-se ao lado da cama enquanto ela assistia às novelas. Depois, quando ela começou a dormir mais, ele andava de um lado para o outro no corredor do lado de fora do quarto. Logo, quando ela não via mais televisão e passava períodos menores acordada, comecei a passar a maior parte do tempo com Bill.
          Ele falava de quando trabalhava como carpinteiro e de como gostava de pescar. Ele e Connie não tinham filhos, mas aproveitavam a aposentadoria viajando, até que Connie ficou doente. Bill não conseguia expressar o que sentia sobre o fato de sua esposa estar morrendo.
         Um dia, depois de tomar café na lanchonete, puxei conversa com ele a respeito a respeito de mulheres e de como precisamos de romance em nossas vidas, como adoramos receber cartões sentimentais e cartas de amor.
          _ Você diz a Connie que a ama? - perguntei, sabendo a resposta, e ele me olhou como se fosse louca.
         _ Não preciso - disse - Ela sabe que a amo!    
         _ Tenho certeza de que ela sabe - falei inclinando-me e tocando suas mãos ásperas de carpinteiro que seguravam a xícara como se fosse a única coisa a qual ele pudesse se agarrar. _ Mas ela precisa ouvir Bill. Ela precisa ouvir Bill. Ela precisa ouvir o que significou para você durante todos esses anos. Por favor, pense nisso.
        Voltamos para o quarto de Connie. Bill desapareceu lá dentro e eu fui visitar outro paciente. Mais tarde, vi Bill sentado ao lado da cama. Ele segurava a mão de Connie enquanto ela dormia. Era o dia 12 de fevereiro. 
        Dois dias depois eu estava andando pela ala do sanatório ao meio dia. Lá estava Bill, apoiado contra a parede do corredor, olhando para o chão. Eu já soubera pela enfermeira chefe que Connie morrera às 11 horas.
Quando Bill me viu, permitiu que eu o abraçasse por um longo tempo. Seu rosto estava molhado de lágrimas e ele estava tremendo. Finalmente encostou-se de novo na parede e respirou fundo.
      _ Tenho que dizer algo - falou -. Tenho que dizer como me sinto bem por ter dito a ela. _ Ele parou para assoar o nariz. - Pensei muito a respeito do que você me disse e, essa manhã, falei para ela quanto a amava e como era maravilhoso estar casado com ela. Você deveria ter visto seu sorriso!
       Entrei no quarto para despedir pessoalmente de Connie. Lá na mesa de cabeceira, estava um grande cartão de Dia dos Namorados que Bill lhe dera. Você sabe do tipo sentimental, que diz: “Para minha esposa maravilhosa... Eu te amo".
Bobbie Lippmam - p.40, 41 e 42

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro....

Dizem os mais antigos que quem já plantou uma árvore, escreveu um livro e teve filhos já pode curtir a vida e esperar pela passagem. Nossa já fiz tudo isso e muito mais!
Em 2008, minha amiga irmã, em um dos nossos gostosos momentos de bate papo, falou-me do concurso Jão de Barro, promovido pela prefeitura de BH e incentivou-me a participar. Ela sabia que na pós-graduação eu  havia escrito um texto com muita energia e criatividade, nisso disse-me que eu poderia enriquecer o texto transformando-o em um livro de literatura infanto juvenil. ELA ACREDITOU EM MIM! Relutei um pouco, mas depois decidi fazê-lo. O Livro não ganhou o concurso, nem foi classificado, mas eu ganhei uma experiência incrível!
O dia que decidi registrá-lo na biblioteca Nacional do Rio de Janeiro foi muito emocionante. Preencher aquela ficha com todos os meus dados e eu lá AUTORA... Chique demais! Depois a emoção de receber a oficialização do registro... Amigos é indescritível a emoção destes momentos. Ouvir as críticas do meu grande amor e companheiro... meu corretor ortográfico...kkkk. Sentir a vibração da alegria dele em compartilhar comigo mais esta conquista, perceber e sentir a felicidade da minha amiga irmã, Vivenciar o orgulho da minha mãezona... Nossa impagável!!!
Ainda não consegui publicá-lo, mas sei que o momento vai chegar e outras obras viram.
Não vou postá-lo no blog para não correr o risco de plágio, mas vou deixá-los com um pouquinho de água na boca.


        Filha de coração e alma, da cidade de Santa Luzia, Carla Margareth teve em nossa cidade um infância rara para os tempos de hoje, muita pipa, brincadeiras de rua (rouba bandeira, queimada, Bente altas...) banho de lagoa e cachoeira... Filha de família tradicionalmente luziense tem utilizado suas lembranças como ponto de apoio para seu novo trabalho.

   Deu início sua aventura literária, escrevendo um livro de literatura infanto Juvenil, intitulado “O Segredo da Floresta”, com o qual participou do concurso João de Barro 2008, promovido pela prefeitura de Belo Horizonte.

        Ao escrever o livro além de inspirar-se nas aventuras/lembranças de infância, Carla pensou em seus filhos, Octávio de 12 anos e Sthefany de 6 anos. Para Octávio desejou estimular seu interesse pela leitura (ele é o Jonas da história) e para Sthefany pensou no amanhã, pois está na fase de alfabetização e ter uma mãe escritora já é um grande estimulo ao aprendizado.

         O Segredo da Floresta é um livro envolvente que relata a história de um menino chamado Jonas, que vivia com sua “avó” próximo a uma floresta “ameaçadora”. Pela idade, Jonas é uma criança curiosa que adora desafios... Certo dia se vê dentro da floresta... envolvido com Fesdigunda, Grutemberg, poção mágica,... e sua vida mudaria para sempre... só não podemos dizer se para melhor ou para pior... Leia e descubra... O final é surpreendente.

    

Crônica 2 do livro Cultura com tempero e sabor

Ricas recordações da Infância

Carla Margareth Moreira Reis Queiroz

                        Santa Luzia, Década de 70... Deslumbrante rua Direita, com seus casarões contando a rica história, da brava cidade que viveu a revolução de 1842... Naquela época, os veículos ainda eram poucos, Shopping nem pensar... As famílias saiam às ruas, à noite para colocar os “causos” em dia, sentavam-se ao passeio e nós, as crianças, íamos andar de patins (aqueles de ferro, com quatro rodas), de bicicleta, carrinho de rolimã e patinete (artesanais, feitos pelo tio Zé) era o máximo subir rua Direita e descer desafiando o perigo da queda. Sabíamos que cair significaria muitos dias em casa cuidando dos ralados e o pior, ouvindo os gritos de alegria e as gozações dos colegas à noite.
                        Em meio àqueles casarões da rua direita, bem próximo à magnífica igreja Matriz, uma Casa rosa e azul, há anos era habitada por uma família essencialmente luziense. Anexa à casa havia uma loja enorme  (Hoje Cejam, antiga boutique Ceci). Lá,  atrás daquele balcão um homem alto, bonito, cabelos lisos e negros como índio, sempre assobiando bem baixinho, uma musica suave. O saudoso vô João. Conhecido e carinhosamente lembrado até hoje, como João Barracão. De comportamento discreto, João Barracão construiu seu legado ao lado da forte e destemida esposa – Vó Ceci, comerciante bem sucedida, devota incondicional de Santa Luzia e Nossa Senhora Aparecida. Sempre disposta e alegre... Um casal feliz e abençoado, com seus seis filhos Maria, Mariza, Marina, Mara, João e Magda.
                        Com tantos filhos, naquela época vô já tinha, seis netos (Liliana, Claudia, Cristiane, Magali, Carla e Giovanni), bem arteiros e que não perdiam a oportunidade de se aventurarem pela “venda” (a loja de João Barracão era carinhosamente chamada de venda). Nela tinha de tudo: feijão, arroz, milho, etc...  “à granel”. Era muito bom colocar as mãos ali e remexer em tudo aquilo, só não podia era deixar o vô ver. Sob o balcão, dentre outras coisas, havia, sempre o canecão de alumínio do vô. Cheio de café com leite e pão picadinho, que ele comia durante toda manhã e uma “maravilhosa” vitrine de doces. Aqueles comprados lá na Av. Santos Dumont em Belo Horizonte, cheios de açúcar e embalados individualmente por plástico. Hum... Lembrei-me agora da Maria Mole; branca, rosa, amarela... bem cheia de açúcar e puxenta... “Roubar” aqueles doces da vitrine era uma aventura e tanto, adrenalina pura, como se diz hoje. Quando encontrávamos os estalinhos então? E na hora do “furto”! Se a caixinha caísse no chão? Nossa, que frio na barriga... que corre-corre...
            O Vovô tinha as mãos enormes, nunca nos bateu, mas só de ameaçar já saímos correndo pela “contra venda” que dava acesso à casa e nos escondíamos lá no quintal, atrás de algum pé de fruta... Era uma aventura, principalmente que para chegar ao quintal tínhamos que descer aquela escada comprida e perigosa e passar desapercebidos pela vovó, quando estava na cozinha. Ufa! Valia a pena!
                        Quando chegavam os brinquedos...  Nossa! Ficávamos curiosos mas, os grandes olhos do vovô nos “fitavam” como um radar a observar nossas mãozinhas inquietas cheias de vontade de fazer um furinho no plástico para descobrir o que era.
           Ah! E os domingos? Estes eram os dias mais esperados. A vovó, exímea cozinheira preparava delícias na cozinha. Era o famoso almoço que aos domingos sempre finalizava com um doce salivante: Gelatina mosaico, torta de banana... Eu naquela, época morava na casa deles e já sabia direitinho quando a sobremesa era a torta de banana, pois o cheiro era inconfundível.
                        O Domingo era especial para todos os netos que conseguissem repetir a parlenda:

Hoje é Domingo
Pé de cachimbo
O cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo!

             Quem conseguisse recitar tudo sem vacilar, ganhava uma moeda enorme de cruzeiro, que saía da antiga e exuberante caixa registradora da venda. A vovó dava duas. Nossos olhos brilhavam ao recebê-las. Íamos direto para a rua do Serro, no antigo bar do Zé Carvalhinho. Com uma das moedas, comprávamos um saco cheio de bala de amendoim coberta de chocolate, e com as outras comprávamos  picolés no bar do Bibiano durante a semana, na saída do Grupo Escolar  (Modestino Gonçalves e Santa Luzia). Hum! Que delícia!
             Era tanta bala que passávamos a semana comendo, afinal, se exagerássemos, não conseguiríamos comer a deliciosa torta de banana da vovó.

Torta de banana
Creme (tipo mingau de maisena grosso)
Coloque em uma panela e leve ao fogo brando:
1 litro de leite
4 colheres de sopa , bem cheias, de Maisena (dissolvida em um pouco de leite)
2 gemas sem pele
5 colheres de sopa, bem cheias de açúcar refinado
1 colher de sopa, bem cheia, de manteiga.
Essência de baunilha a gosto
Deixe ferver até engrossar e sair o gosto da maisena e da gema.

Doce de banana
1 penca de banana caturra bem madurinha (pique a banana em rodelas)
Faça uma calda de açúcar até dar o ponto de fio, coloque água e acrescente as
bananas. Deixe ferver bem até as bananas cozinharem, sem desmanchar.

Suspiro
2 claras
4 colheres de açúcar refinado
Bata as claras em neve e acrescente o açúcar.

Montando a torta:
Uma camada de creme (metade)
Cubra o creme com o doce de banana
Uma camada de creme (a outra metade)
O suspiro

Leve ao forno pré-aquecido para assar.

Crônica 1 do livro Cultura com tempero e sabor

Sou professora da rede particular e em 2008 o SIMPRO, lançou  edital convidando-nos a escrever uma crônica. A crônica teria relação com uma receita que tivesse um significado para o autor. Como amo escrever, escrevi duas. Ambas fazendo referencias as delícias preparadas por minhas queridas avós, Cecy e Olga.
O livro - Cultura com tempero e sabor - foi publicado ao final de 2008 e agora vou compartilhá-las com vocês. Vale a pena experimentar as receitas.
Beijocas

LEMBRANÇAS QUE ALIMENTAM A ALMA
Carla M. Moreira Reis Queiroz

Lembro-me ainda como se fosse agora. Acordava às 05:00 horas, tipicamente adolescente... resmungando, querendo que fosse sábado e que não houvesse aula naquele dia. “Lavar o rosto, tomar café e escovar os dentes era um verdadeiro martírio”... Colocava aquela mochila nas costas, afinal naquela época não existiam pastas de rodinha, mas, em compensação, as mochilas também não eram tão pesadas. 05h:40 min, ouvia a saudosa voz do meu pai :
 - Vamos Carlinha, você vai perder o ônibus.
- Já estou indo, faltava apenas passar o brilho (não era gloos). Beijava a mamãe e saía.
Papai me acompanhava até a rodoviária por segurança e, dali, ele fazia a sua caminhada matinal de 8 Km.
Pegava o ônibus de 06h:08min. Ainda fazendo corpo mole, de adolescente, ia logo sentando e tentado encontrar uma posição para o último cochilo, que raramente acontecia, pois a turma (galera) ia entrando a cada ponto e, ao final, o fundo do ônibus era todo nosso. Ai de quem se sentasse ali, que não pertencesse ao grupo. Logo um fazia uma molecagem e só sobrava a turma lá de trás. Até o motorista era conivente com a situação e logo olhava-nos do espelho retrovisor, com aquele sorriso cúmplice...  Bem, chegávamos à praça da estação. Nos separávamos e cada um ia para sua escola. Eu ainda pegava outro ônibus, mas naquele momento já estava revitalizada e pronta para o novo dia.
Escutava a música de encerramento, era assim que nossa aula acabava e não com sirenes tocando. Saiamos da sala conversando sobre a manhã de estudos...  
Aquele dia era especial para mim. Eu não iria voltar para Santa Luzia, pegaria sim o mesmo ônibus que peguei de manhã, na Av. Amazonas, o 1702 - Pompéia/Jardim América, porém agora no sentido Pompéia, onde iria passar a tarde até o papai chegar. Eu iria para a casa da vovó.
Neta mais velha e sua afilhada, quando chegava ao portão ela já estava lá, com aquelas perninhas curtas, esticadas no banquinho, sentada na cadeira de balanço da varanda, cronometrando a chegada. Afinal, ela era toda pontual. Quando abria o portão, já sentia o cheiro gostoso da comida; ora bolinhos de arroz, ora almôndegas... e o infalível suflê de batatas mas, este era só para o papai. Afinal, era o único varão da casa e o caçula... Deu água na boca só de pensar.
Assim que me via, se levantava  e ia até ao portão, sempre trancado de cadeado. Pequenininha, cabelo bem grisalho preso por travessas marrons, unhas bem feitas, saia até os joelhos e blusa de botão.  Dava-lhe um beijo gostoso, envolvido pelo aroma do inesquecível Leite de Rosas, e entrava.
A mesa já estava posta. Tudo era muito gostoso. O bolinho de arroz tinha sabor bem escondidinho de queijo e bastante salsinha. Verdura, legume, e o imprescindível arroz com feijão. A carne era variada, bife, frango, almôndegas... Enfim, comida de vó.
Lá da cozinha, vinha o sorriso gostoso e discreto da companheira de anos... A “secretária”, carinhosamente chamada de Coroa. Naquela época eu tinha por volta de  13 anos e ela já estava na família há 12 anos e 5 meses... e esta até hoje! Olhe que já tenho 40 anos!
Depois do almoço, descansar, esticar as perninhas. Cafezinho para completar. O relaxamento, era quase que um ritual.
À tarde, após concluir os trabalhos escolares,  jogávamos cartas: buraco, burro... e quando ela ganhava contava até musiquinha. Ai, que saudades daquele tempo, daquelas tardes...
Durante o jogo o cheirinho de café novo invadia a casa. Queijo fresco, pão novinho e de quebra, lá estava o bolinho de arroz (sobra do almoço)...
Lembranças que jamais saem da alma, lembranças fortes de um amor incondicional...

Bolinho de arroz

3 xícaras de arroz cozido até empapar.
Bem sequinho o arroz, passe-o no espremedor de batatas.
Adicione
2 ovos pequenos,
sal a gosto,
cebola média batidinha
Pimentinha à gosto
3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
Farinha de trigo apenas para dar liga na massa.
Ao final
1 colher de sopa de pó Royal.
Frite em gordura limpa e aquecida, as colheradas da massa.                  09/09/08